Diversificar nada mais é do que dividir os ovos em várias cestas. Pode-se obter sucesso mesmo seguindo regras simples, alocando igualmente em três classes de investimentos distintas.
Independente do seu objetivo financeiro, a estratégia depende mais da capacidade de sobreviver a choques e eventuais perdas, do que acertar um único ativo.
O que é uma carteira diversificada?
O portfólio diversificado visa reduzir possíveis perdas causadas por riscos inesperados. Esta estratégia é ainda mais acertada em países como o Brasil, onde a própria moeda local possui alta volatilidade, ou seja, pode se desvalorizar repentinamente.
É tentador acreditar que um investidor com Perfil de Risco conservador está seguro investindo apenas em Tesouro Direto. No cenário de juros reais negativos, algo que o Brasil está se aproximando e já é realidade nos países desenvolvidos, a rentabilidade líquida é próxima ou abaixo da inflação.
O estudo do benefício da diversificação iniciou-se há cerca de 6 décadas com Markowitz, vencedor do Prêmio Nobel de Economia. A conclusão é simples: os investidores se beneficiam alocando percentuais em diferentes classes de risco.
Como diversificar sua carteira de investimentos?
Algo que muitos traders, mesmo experientes, falham em entender, é o conceito de carteira de investimentos. Tudo deve ser considerado, incluindo imóveis, aposentadoria, valores guardados em espécie, e automóveis.
Outro aspecto que deve ser levado em conta é o horizonte e apetite de risco, mas independente do Perfil de Risco do investidor, a diversificação em classes de ativos distintas é extremamente importante.
É fundamental buscar investimentos que possuam vertentes de valorização distintos. No cenário que estamos atravessando de queda na taxa de juros real, descontada da inflação, as aplicações de Renda Fixa e Imobiliárias perdem rentabilidade. Já os investimentos em ativos negociados em Dólar não sofrem neste cenário.
Lembre-se que além do Dólar em espécie, investimentos como o ouro, ações de empresas globais e o próprio Bitcoin não sofrem com o cenário de queda de juros real.
Deve-se atentar também para investimentos que, embora na teoria sejam distintos, por exemplo Fundos Multimercados, na prática apresentam alta similaridade de retornos com Ações de Empresas listadas na B3.
Adeque-se ao seu Perfil de Risco
De nada adianta montar uma carteira perfeitamente diversificada se, mediante uma oscilação normal em algum destes ativos, o investidor sentir-se desconfortável a ponto de vender a posição no decorrer do processo.
Mesmo que este ativo represente um percentual pequeno do portfólio total, encerrar posições sempre que ocorrer uma queda mais forte irá resultar em uma única certeza: prejuízo.
Carteiras que envolvam criptomoedas ou ações de empresas listadas na B3 possuem, por sua própria natureza, um grau de risco maior, e portanto, oscilações mais bruscas. São, sem dúvidas, excelentes opções para quem busca retornos maiores no longo prazo, mas devem ter uma alocação bem reduzida no caso de investidores avessos ao risco.
É possível montar uma carteira conservadora incluindo Títulos de Precatórios, dívidas do Governo e Estados, ativos reais com alto retorno e liquidez. Com retornosesperados muito acima da inflação, podem ser comprados e vendidos de forma tokenizada através de nossa plataforma MB Digital Assets, completamente integrada no Mercado Bitcoin que você já conhece e confia.
Objetivos e horizonte
Caso seu objetivo inclua aposentadoria, ou apresente um horizonte acima de 4 anos, é altamente recomendável uma exposição significativa em criptomoedas. Pense no investidor que alocou parte de sua carteira em Bitcoin ao longo de 2016. Os ganhos acima de 1.500% alcançados neste período são inigualáveis em outras classes de ativos.
Se você ainda está em dúvida se ainda vale a pena investir em Bitcoin mesmo após esta alta estratosférica, preparamos um artigo dedicado a este tema, incluindo dicas de como começar a investir, funcionamento do mercado, potencial de crescimento e estratégia de Reserva de Valor.
Lembre-se que além do Bitcoin (BTC), o Mercado Bitcoin oferece liquidez a partir de R$ 50 em Bitcoin Cash (BCH), Ethereum (ETH), Litecoin (LTC) e Ripple (XRP). No rally de 2017, Ethereum apresentou uma alta de 5.600%, ante os 1.200% do Bitcoin.
Embora não seja uma diversificação em termos de alocação de recursos em um portfólio, uma vez que estas criptomoedas alternativas seguem a mesma tendência do Bitcoin, são uma excelente opção para quem busca mais opções de risco, e consequente maior potencial de alta.
Abaixo preparamos um vídeo com quatro dicas super importantes para quem deseja começar a investir em criptomoedas.
Tokens de ativos reais
O ano de 2020 está sendo bem difícil para aqueles investidores que estão acostumados a uma das maiores taxas de juros reais do mundo, especialmente quem depende dos rendimentos da Poupança.
Os tokens de ativos reais são ativos alternativos de alto retorno, que antes estavam disponíveis apenas para instituições e investidores de grande porte. Neste cenário atual de baixo retorno da Renda Fixa, são um excelente complemento para o portfolio de qualquer investidor.
O BTG Pactual, um dos maiores bancos do Brasil, possui R$2 bilhões investidos em precatórios, e segue crescendo nesse segmento. O Mercado Bitcoin quer democratizar o acesso a esse tipo de investimento – e o primeiro passo foi justamente lançar os tokens de precatórios, seguido mais recentemente pelos tokens de consórcios.
Nenhuma outra alternativa de investimento combina tão bem um alto retorno potencial e a segurança de uma Renda Fixa. O maior risco dos precatórios é o atraso no pagamento pelo ente federal responsável, embora seja corrigido por taxas muito acima da inflação.
Armadilhas de liquidez
Alguns investimentos apresentam um potencial de retorno mais elevado, até mesmo em operações de Renda Fixa. No entanto, deve-se levar em consideração a liquidez, ou seja, capacidade de se desfazer do mesmo em um curto espaço de tempo.
É comum bancos que oferecem retornos mais altos para aplicações na qual o montante fica bloqueado por dois ou mais anos. Isto é ainda mais característico em instituições de pior reputação.
Para evitar essas armadilhas, é recomendável conhecer bem as características do ativo e risco do emissor. Em caso de dúvidas, consulte sempre um especialista. Lembre-se de rebalancear sua carteira de investimentos a cada três ou quatro meses.
Esperamos que este texto tenha lhe ajudado a compreender na prática os efeitos e vantagens da diversificação.
Publicado em: MB Blog.